domingo, 20 de outubro de 2019

Aprender.



Si Fu orientando a prática de sábado.





Na prática de ontem, meu Si Fu, Mestre Senior Júlio Camacho, disse que se você faz a coisa certa ou a coisa errada, só irá retirar proveito de uma ou de outra se aprender algo com isso.
Se um praticante de Kung Fu conseguir um bom resultado, fazer a coisa certa, sem ter consciência do processo, de como a sua ação o levou ao resultado e não apenas o acaso ou a "sorte", dentro daquilo que se espera de um praticante de Kung Fu, o resultado foi inútil, porque por mais importante que possa ter sido, é aquilo que se extrai dele, aquilo que se aprende, o que realmente importa.





Si Fu fala da importância que há em estar disponível para o cenário que se apresenta.




Um resultado ruim, a "coisa dar errado", traz uma resposta melhor para o praticante de Kung Fu quando ele aprende com isso, do que algo que dá certo sem qualquer leitura do processo, feito com total alienação.
O pensamento estratégico chinês trabalha com as condicionantes, onde o resultado é parte do processo de preparação. É um trabalho de mobilização para o resultado, observação estratégica de um cenário, onde o praticante é ativo no processo a ponto de influenciar o resultado.
Esta percepção não acusa o cenário de ser bom ou ruim, é apenas um cenário, com potenciais e limitações. É da a leitura adequada que se extrair o melhor resultado, é um exercício de olhar atento, é desenvolvimento de Kung Fu.





Si Fu mostra que devemos estar prontos para o cenário: cuidar de um oponente e estar pronto para os próximos.




Se o tolo olha para o dedo, e o sábio para a Lua, um nível de Kung Fu avançado olha para tudo a sua volta, interage com o todo, é parte dele, e por esta razão, por ser elemento do todo,  consegue extrair o melhor. E o melhor não é o resultado; o melhor é aprender com ele.




Si Fu nos orienta sobre a preparação do futuro Estúdio Tijuca da Moy Yat ving Tsun.

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