domingo, 28 de abril de 2019

Programa Fundamental: Uma porta aberta para conhecer o Ving Tsun.


Si Fu orienta seus Discípulos durante o Seminário de Alinhamento Prático do Programa Fundamental.



Aprendi com meu Si Fu, Mestre Senior Júlio Camacho que no Ving Tsun de nosso Clã, a porta sempre estará aberta ao praticante, seja para chegar, sair, ou voltar ao nosso convívio. A única coisa que não se deve fazer é ficar "parado à frente da porta" o que visualmente nos traz a ideia de que alguém está atrapalhando a passagem de outros, o que filosoficamente pode ter também vários outros significados, como a postura de quem emperra o próprio desenvolvimento, o que em Kung Fu é o oposto daquilo que se busca.

No sábado dia 27 de abril de 2019, Si Fu reuniu alguns de seus Discípulos no Seminário de Alinhamento Prático do Programa Fundamental, com vistas ao aprimoramento de um trabalho que abrirá mais uma importante porta à todos aqueles que desejam iniciar o estudo do Ving Tsun.




Si Fu orienta seu Discípulo, Guilherme de Farias, observado pelo nosso Daai Sihing, Mestre Leonardo Reis.




A transmissão tradicional do Sistema Ving Tsun dentro de nosso Clã é um verdadeiro tesouro de mais de 300 anos, uma tradição de 12 gerações de Mestres, que é entregue apenas à Discípulos. Meu Si Fu, em respeito à este precioso legado, transmite o conhecimento do Ving Tsun, para Membros da Família Kung Fu, através do Ving Tsun Experience, e o Sistema Tradicional aos Discípulos. O Programa Fundamental é a porta aberta, oferecida por nosso Si Fu, para todos aqueles que desejam ter um primeiro contato com o Ving Tsun.
 O praticante, ao término do Programa Fundamental, caso deseje aprofundar seu estudo sobre o Ving Tsun poderá, através do convite feito pessoalmente por nosso Si Fu, ingressar na Família Kung Fu, tendo acesso ao Ving Tsun Experience, e prosseguindo na relação familiar, ser convidado ao Processo de Discipulado, garantindo o acesso ao Sistema Tradicional, até a conclusão do Sistema, quando se tornará Mestre de Ving Tsun. O Programa Fundamental é oferecido em nossos Núcleos, Barra, Méier e Ipanema, e seu método de excelência vem sendo continuamente revisitado e desenvolvido, porque assim é o Kung Fu, um processo de contínuo refinamento. Nele, os princípios do Ving Tsun são abordados com linguagem e trabalho corporal  desenvolvidos para o público iniciante, de modo que o período de 3 meses de duração, compreendido em 12 aulas, irá trazer ao praticante as ferramentas básicas para um primeiro contato com o nosso Sistema de Kung Fu.




Si Fu ministrando o Seminário, em momento um momento de descontração com seus Discípulos. 


O Programa Fundamental, assim como nos orientou Si Fu, é um trabalho criado por ele e formatado por várias mãos. Generosamente, Si Fu fez do Seminário de Alinhamento Prático do Programa Fundamental, a oportunidade para refinar o Kung Fu de cada Discípulo. Ao dar a cada um de nós a oportunidade de assinarmos junto com ele a autoria deste belíssimo programa, deu-nos também orientações para nosso próprio desenvolvimento como praticantes. Assim é em nosso Clã, em toda oportunidade, crescemos todos, o que para mim, sempre reforça uma frase de Si Fu, que tornou-se a súmula da minha jornada dentro do Ving Tsun: Sigamos juntos!


Fechamento do Seminário: ao centro, Si Fu abraçado à nossa Si Mo Márcia Moura, rodeados por seus Discípulos. Autor da Selfie, Discípulo Marcelo Firmino. 




terça-feira, 23 de abril de 2019

Zelo: A forma Kung Fu de amar.




Si Fu e eu, em seu escritório no Núcleo Barra da Tijuca.





Aprendi com meu Si Fu, Mestre Senior Júlio Camacho a importância do zelo e como ele se manifesta como uma forma de amor pelas pessoas.
Culturalmente os povos ocidentais relacionam a palavra amor a algo que está mais ligado ao íntimo do ser humano, algo voltado para dentro: é uma manifestação que ocorre no interior do ser, envolvendo emoções como, alegria, tristeza, euforia, prazer, dor, ou seja, diversas manifestações que falam mais sobre quem sente do que sobre a quem o sentimento é dirigido.




Décadas de Amizade e Prática de Kung Fu: Daai Sihing, Mestre Qualificado Leonardo Reis, recebe o abraço do Si Fu pela passagem de seu Aniversário, durante Seminário sobre Siu Nim Tau. 




Sem dúvida isso leva à distorções sobre o outro a quem se ama, ou se acredita amar, muitas vezes   idealizado por um sentimento, correspondido ou não, gerando sobre o outro expectativas que nem sempre podem ser correspondidas porque não há uma leitura para fora, e sim uma formatação prévia feita por alguém, por dentro. É uma relação injusta por imputar ao outro certa responsabilidade sobre o sentimento que se nutre internamente.
O zelo, em uma perspectiva estratégica chinesa,  é uma forma de "amar para fora", porque através dele se faz uma leitura do outro totalmente despida de expectativas e preconceitos. O objetivo desta leitura é encontrar a melhor forma de ajudar a pessoa a desenvolver seu Kung Fu, ou seja, desenvolver sua natureza humana, seus talentos, seus potenciais. É um olhar cuidadoso capaz trazer para si, assim como ajudar desenvolver no outro, o auto conhecimento e poder pessoal gerados por esta verdadeira prática de empatia.




Formando novas lideranças: Si Fu observa seu To Dai, Mestre Qualificado Thiago Pereira, durante encontro no Núcleo Barra.



 É como elo de uma corrente, que o agente do zelo mobiliza quem está sendo cuidado, podendo este vir a se tornar, caso queira, um novo agente, novo elo desta corrente. O zelo se materializa como um processo de humanização através do cuidado atencioso com o outro.




Si Fu e eu em frente ao Restaurante China Garden em SP, por ocasião do Aniversário de 54 Anos do Si Gung Leo Imamura.



domingo, 17 de março de 2019

Diário de bordo 17/03/2019


Passado o dia de ontem, com a realização do Evento de Aniversário dos 56 anos, realizado na Cidade de São Paulo,  do nosso Si Gung e Líder do Grande Clã Moy Yat Sang, Leo Imamura, iniciaram-se às 5h e 45 minutos de hoje, as atividades referentes ao retorno do Clã Moy Jo Lei Ou à Cidade do Rio de Janeiro.



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Si Fu e Fabiano Granado no aeroporto Santos Dumont em nosso retorno ao Rio.

O dia começou com o café da manhã,  onde nosso Si Fu,  Mestre Senior Júlio Camacho pediu para que cada participante da Comitiva apresentasse suas impressões sobre o Evento.



Si Fu ouve Fabiano Granado sobre suas impressões do Evento.


Na ocasião,  tive a oportunidade de destacar o quanto auspicioso foi o fato de que, esta Comitiva tenha sido integrada por 6 To Dais, sendo 3 mulheres e 3 homens, um quantitativo não apenas equilibrado, mas também o fato de o número 3 representar um símbolo de ação legítima (aquele que  executa uma mesma ação 3 vezes sem forçar o cenário, as executa de forma legítima).  Somados ao nosso Si Fu,  chegamos ao número 7, que precede o número 8, considerado número chinês da sorte. Como virão outras viagens e outras Comitivas, esta viagem aponta simbolicamente como prenúncio de outras ainda mais auspiciosas no futuro, não se fecha como um fim em si mesma.



Depois das impressões de cada um sobre o Evento, fiz parte do grupo de 3 homens que retornaram com Si Fu ao Rio, em voo marcado às 7hs e 25 minutos. O grupo feminino retornaria um  pouco mais tarde via terrestre.

Já à bordo, ouvi de meu Si Fu suas orientações sobre o que é preciso adequar no posicionamento para que em futuras comitivas, minha a participação como a de meus irmãos Kung Fu estejam mais refinadas, para um comportamento de um grupo com Kung Fu, para não cairmos no erro de atuarmos como "um grupo de amigos que viajam juntos". Somos um Clã de Kung Fu,  e embora a amizade esteja inserida, ela não é um fim em si mesma, afinal como tive a oportunidade de ouvir diretamente dele: " um homem de Kung Fu, age com Kung Fu.




Para mim em particular, foi uma experiência muito especial, onde em um cenário simbólico pude experimentar uma frase muito dita pelo Si Fu com respeito ao zelo atencioso "se você dorme, você morre". Simbolicamente morri algumas vezes, e por sorte tinha ali meu Si Fu para me mostrar isso,  para que eu possa seguir em frente, e nas próximas vezes,  com mais Kung Fu.



Fabiano Granado, Si Fu e Roberto Viana no retorno ao Rio de Janeiro.


Chegamos às 8hs e 20 minutos desta manhã de domingo, e as orientações seguiram-se em um Café já no Aeroporto Santos Dumont. Um dia que para mim, ficará marcado para sempre.

Café no Aeroporto Santos Dumont-RJ. Thiago Pereira, Si Fu e Fabiano Granado.


sábado, 7 de abril de 2018

Moy Yat Ving Tsun em Ipanema


Mestre Senior Júlio Camacho e seu Discípulo Cláudio Teixeira.


O charmoso bairro de Ipanema, conhecido por sua beleza, imortalizado por sua praia e por sua garota mundialmente conhecida nos versos de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, ganhou às 9 horas da manhã de hoje a  inauguração de um Núcleo da Moy Yat Ving Tsun Martial Inteligence.



Si Fu entrega a Cláudio Teixeira o Certificado do Núcleo Ipanema 



Autorizado por meu Si Fu,  Mestre Senior Júlio Camacho, o meu irmão Kung Fu Cláudio Teixeira abraçou  o desafio de levar ao famoso bairro da bossa nova, a arte tornada mundialmente conhecida através de Bruce Lee, e mais recentemente, apresentada no Cinema através dos filmes sobre Ip Man.



Fixação do Jiu Paai durante inauguração do Núcleo Ipanema .



Discípulo de décima segunda geração da linhagem direta da fundadora Yim Ving Tsun, Cláudio Teixeira, de nome Kung Fu Moy Kat Jo, extraiu de sua proximidade com nosso Si Fu, incluindo em viagens internacionais juntos, uma vivência dentro do Kung Fu que o tornara uma figura essencial dentro do nosso Clã Moy Jo Lei Ou, experiência esta que poderá agora compartilhar no recém inaugurado Núcleo .




Si Fu na Cerimônia de inauguração do Núcleo Ipanema.


O mais jovem Núcleo do Clã Moy Jo Lei Ou nasce de um sonho, mas principalmente de um trabalho que conduz à excelência, afinal é isto que constrói o Kung Fu .


Núcleo Ipanema: Rua Visconde de Pirajá, 580, sala 225. Vitrine de Ipanema.



domingo, 11 de fevereiro de 2018

Kung Fu não procura desculpas.


Si Fu e eu durante Seminário de Alinhamento Teórico para o Programa Fundamental. Foto 2018.


Meu Si Fu, Mestre Senior Júlio Camacho, nos conta sobre como os povos da Antiga China viviam, em uma época onde Guerras e conquistas obrigavam as pessoas a se adaptarem de forma rápida às mudanças de Governo, moeda e até língua.
A competência adquirida para uma constante adaptabilidade que foi incorporada à vida dos chineses antigos, chega até nós ocidentais através da prática do Kung Fu.



Eu e meu irmão Kung Fu Fernando Xavier no Núcleo Barra. Foto 2018.



A vida está repleta de desafios, alguns não trazem grandes dificuldades, outros são verdadeiramente grandiosos. Seja como for, algo é certo: a vida não pode parar, e estar pronto para desafios sempre foi algo essencial, daí a necessidade do constante desenvolvimento humano.


Com meus irmãos Kung Fu Cláudio Teixeira (ao centro) e Fábio Sá .


O Kung Fu é uma habilidade incorporada à pessoa, que passa a se reconhecer melhor, nos seus limites, nos seus potenciais.



Si Fu em visita ao Núcleo Méier. Foto 2017.


O Mundo como se apresenta hoje, com transformações a cada dia mais rápidas, exige do homem a capacidade de adaptação, mudança de paradigmas, de reagir sem culpar as mudanças, mas ao contrário, apoiar-se no potencial que cada uma delas traz consigo.


Momento de prática no Núcleo Barra. Foto 2018.


A prática do Kung Fu é uma ferramenta valiosa, pois, através dos estímulos recebidos com sua prática, o tempo de resposta e a qualidade desta, são cada vez mais adequados ao que o cenário exige e em acordo com valores pessoais do praticante.
 As desculpas que empregamos para não agirmos são na realidade oportunidades perdidas, afinal elas apenas paralisam, e como o fluxo da vida segue independente de qualquer outra  coisa, paralisados apenas desperdiçamos tudo aquilo que nos favoreceria para crescermos  diante dos desafios que seriam vencidos bem como a capacidade de adaptação que não seria refinada.

Foto Oficial da Visita do Si Fu ao Núcleo Meier por ocasião da apresentação de alguns dos Fundamentos estudados no Sistema Ving Tsun. Foto 2017.



sábado, 2 de dezembro de 2017

Mudança Kung-Fu

Roberto Viana protegendo o Painel: Última ação do dia e símbolo de um novo começo.


Meu Si Fu, Mestre Senior Julio Camacho, nos diz: "qualquer coisa que vocês façam na vida, façam com Kung-Fu". Leio esta frase, como Discípulo que sou do Clã Moy Jo Lei Ou, com o significado de que cada um de nós devemos mover nossas ações com Excelência Estratégica, de que não haverá ação divorciada de um olhar atento e de um planejamento que busca o melhor resultado com o menor esforço possível.




Fabiano Silva: seu conhecimento em assuntos relacionados a obras e mudanças foi um grande diferencial na qualidade das ações executadas por nós.




E com esta bússola, apontando para o norte de nossas ações, estiveram Roberto Viana, Fábio Sá e Fabiano Silva, na noite de quinta-feira para dar início às ações do Clã Moy Jo Lei Ou, no processo físico de mudança do espaço que hoje abriga o Núcleo Barra da Tijuca, para nosso novo endereço.




Muk Yan Jong: Desmontado e pronto para o novo endereço.




O tempo foi bem aproveitado; ficamos presentes no local para as atividades a nós confiada naquele dia por volta de duas horas e meia, tempo suficiente para realizamos as tarefas e até para breves momentos lúdicos, afinal não era apenas uma ação de mudança, o foco unido à descontração entre irmãos, são partes integrantes de momentos de Vida Kung-Fu.


Momento de descontração: Fábio Sá simulando a demolição do Drywall.




A preparação para entregarmos o espaço que nos abrigou nos últimos anos e que por esta razão faz parte da História do nosso Clã,  prosseguiu pela manhã de hoje: Rodrigo Moreira, Fernando Xavier e Bruno Brandão deram continuidade com a pintura das paredes. As ações tem sido monitoradas por todos e as informações transmitidas entre os grupos que se revezam complementando as tarefas, com objetivo de alcançar melhores resultados dentro do menor espaço de tempo, ou seja, com excelência estratégica. Essa sintonia, traduzida em parceria e confiança na busca de um resultado comum, enriquece ainda mais nossa experiência de Vida Kung-Fu.


Retirada do Drywall: Roberto Viana, Fabiano Silva e Fábio Sá (da esquerda para a direita) iniciando as ações de quinta-feira passada.



terça-feira, 21 de novembro de 2017

Si Fu não é Professor.



Si Fu e Si Gung: Momento de vida Kung-Fu.




Em uma conversa com meu Si Fu, Mestre Senior Júlio Camacho, ele me disse: "Roberto um Si Fu não é um Professor". Esta frase é de fato uma chave de leitura para entendermos o que significa um Si Fu na vida de um To Dai, afastando uma visão errada que este possa vir a ter sobre àquele.



Si Fu nos recebe em seu Condomínio no dia em que completa 25 anos de Vida Kung-Fu.


É muito comum associarmos a figura daquele que transmite o conhecimento à do Professor. No Ocidente somos adestrados para executarmos tarefas que nos servirão de alicerce para o almejado sucesso seja qual for a área do saber humano, muitas vezes com vistas para o futuro, a uma realização específica. Para alcançar este objetivo, é fundamental que encontremos quem nos ensine, nos treine, nos aponte este caminho.

Isso não acontece no Kung-Fu por uma simples razão: ele não se ensina, só se aprende e a figura do Si Fu é fundamental para que isto se realize na vida do To Dai. Não é uma relação exclusiva de transmissão de conhecimento, mas de vivência a partir do mesmo. Por esta razão é fundamental que a transmissão do Kung-Fu se dê através de um meio adequado, o Sam Faat, termo que para ser melhor compreendido no Ocidente Patriarca Moy Yat  chamou de Vida Kung-Fu.



Vida Kung-Fu: caminhada nas proximidades da residência de Si Taai Gung Moy Yat durante diálogo entre ele e Si Fu. 




O Si Fu não vai "treinar" o To Dai, no sentido que a palavra recebe como o  de promover uma repetição de movimentos com o fim de se buscar excelência. Na verdade irá promover momentos capazes de levar o To Dai à compreensão daquilo que executa, respeitando os seus limites e sua expressão pessoal. O Si Fu leva o To Dai, através da prática do Kung-Fu, a uma melhor compreensão sobre si mesmo.



Si Fu e Si Gung durante Palestra sobre o Sistema Ving Tsun no Núcleo Barra da Tijuca.




Tive excelentes Professores, não os tivesse, sequer poderia estar aqui, através de palavras, dialogando sobre Kung-Fu, e a todos sou grato pelo conhecimento recebido. Não há da minha parte qualquer pretensão de estabelecer uma escala de valoração entre Si Fu e Professor. Apenas aprendi, com meu Mestre em nossa conversa, que são valores diferentes, e compreendê-los dentro daquilo que cada um de fato representa, é uma também uma forma de melhor valorizá-los, é também uma forma de se adquirir  Kung-Fu.