segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Morte.











Uma frase dita pelo meu irmão Kung Fu Guilherme de Farias, na prática de hoje sobre as facas do Ving Tsun, me fez lembrar de uma citação presente no Bhagavad Gita: "Eu me tornei a morte, o destruidor de mundos."
Meu Si Fu, Mestre Senior Julio Camacho, já nos disse algumas vezes: "arma não é para criança (...) a atitude mental deve mudar." Em outra ocasião disse: "a luta começa quando a energia acaba." E chegamos ao Baat Jaam Do. 
E a frase dita pelo Guilherme: "as facas são armas de morte." Um movimento deve definir tudo, e não há espaço para erro ou hesitação. Aquele detalhe ou aquele passo mal dado, qualquer coisa, o mínimo que seja, só te oferece um resultado: a morte. Ela é evento único, não há substituição ou segunda chance. A definitividade deve estar presente em tudo, e a mente flutuante, é o passaporte para o fim; a atenção em cada movimento em cada detalhe determinam quem é você dentro de um cenário onde tudo tem caráter definitivo. 
Um nível que te apresenta este cenário, não permite confusão de sentimentos. Aqui não cabe tristeza por não conseguir, raiva por não acertar, nem medo de errar. Aqui só há espaço para o estudo cada vez mais preciso, e compreender a morte em um cenário de prática como este, sem dúvida é desafiador e fascinante.
Poucos desafios se impõem com tanta força como abraçar a morte em um cenário de estudo e perceber que você nunca sairá diferente dele. 
A dedicação, a busca da compreensão de cada ponto, que cada detalhe fará a diferença entre matar ou morrer. Quando este espírito incorpora a prática, fica de lado a atitude tola de uma coreografia de movimentos e entra a necessidade de compreender a fundo porque cada movimento está ali, desencadeado daquela forma. 
É a diferença entre matar ou morrer. 

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