segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Andar na linha.



Si Fu demonstrando com as facas do Sistema Ving Tsun. 





Existe uma anedota que diz: "o último homem que andou na linha, o trem matou." Agora quando o assunto é Kung Fu, mais especificamente Baat Jaam Do, saber medir e alinhar seus passos, onde pisar, o "andar na linha" é sinônimo de atuar com precisão.
Meu Si Fu, Mestre Senior Julio Camacho me disse quando iniciei as armas do Ving Tsun no nível Luk Dim Bun Gwan: "Roberto, quando você pratica com armas a sua atitude mental deve ser outra (...) armas não são para crianças."
No nível Baat Jaam Do, tenho nas mãos duas facas, cada uma do tamanho do meu antebraço, com as quais devo fazer movimentos precisos, pois há uma clara leitura de que, diante de um oponente igualmente armado, o acerto ou o erro podem ser a diferença entre a vida ou a morte.
Nunca o ditado popular "é preciso saber onde pisa" fez tanto sentido para mim como agora. Os movimentos com as facas devem ser precedidos de um exercício interno de auto percepção dentro daquilo que um cenário de combate simbólico representa, e nunca antes a minha atitude mental esteve tão próxima do que chamamos de premência de morte.




Si Fu e Discípulos durante prática do Baat Jaam Do. 




Em uma outra oportunidade ouvi de meu Si Fu: "Com a prática do Baat Jaam Do, você decide, matar, morrer ou não fazer nada." São decisões acompanhadas de consequências extremas, sem margem para segunda chance. Este cenário exigirá síntese de minha decisão, não há muito tempo para divagar na resposta, ela deve ser imediata e precisa.
Como os passos em uma linha.





Si Fu e eu. Seminário Teórico do Nível Fundamental. 

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