terça-feira, 9 de março de 2021

Juntos: um dos frutos do trabalho de Jo Lei Ou.


Manhãs de sábado: Daai Si Hing Leonardo Reis (ao centro) orienta as práticas de Cláudio Teixeira (à esquerda) e Roberto Viana (à direita).




"Separados uns dos outros seremos pontos de vista. 

Juntos, alcançaremos a realização 

e nossos propósitos".  

(Bezerra de Menezes).


A diferença entre uma Família consanguínea para uma Família Kung Fu, é que esta nos escolhemos. E esta escolha carrega consigo as responsabilidades voluntariamente aceitas, como diria Camões é um "estar-se preso por vontade". E esta vontade tem um objetivo específico: desenvolver o próprio Kung Fu.

E não se desenvolve o próprio Kung Fu sem que se divida com outras pessoas suas próprias experiências, potenciais e limites. É uma verdadeira opção de vida, um desejo de se desenvolver como ser humano, tendo como cenário o combate simbólico.

O desenvolvimento de um praticante de Ving Tsun que é To Dai (aluno) de meu Si Fu, Mestre Senior Julio Camacho, acontece dentro daquilo que Patriarca Moy Yat chamava de Vida Kung Fu. Como o próprio nome sugere, é uma forma de viver, que incorpora a experiência promovida por nosso Si Fu, um trabalho de aperfeiçoamento humano, onde desenvolvemos nossos potenciais e manifestamos o nosso melhor por meio desta convivência. 



Si Fu entre mim e meu irmão Kung Fu, Marcos Leiras. Em minhas mãos, assinado por Si Fu os princípios: Aderir, Aproveitar e Aprimorar.
  


E para que esta experiência seja aproveitada da melhor forma, dividimos nossas experiências com nossos irmãos Kung Fu, compartilhando aquilo que aprendemos com Si Fu, comprometidos com o desenvolvimento de todos, para que retiremos cada vez mais proveito por meio destas relações.

Natural que com o tempo, nos conhecendo melhor, tenhamos que aprender com as diferenças, refrear nossos limites e compreender os limites dos nossos iguais, To Dai de nosso Si Fu, assim como nós. O Mo Gun é uma Casa de Guerra, e a crise é parte necessária deste ensinamento, as dores do crescimento virão, tropeçar, errar e até ser injusto, muitas vezes fazem parte deste difícil processo, porém o próprio Sistema Ving Tsun consegue nos ajudar nisso. Assim como Chi Sau que termina a cada rolada, dentro da Família Kung Fu, sempre podemos zerar e começar de novo. 

O principal aí não é se fez certo ou errado, mas sim o que se conseguiu aprender com isso. É um microcosmo bem diferente daqueles que percebemos fora dele, seja no trabalho, entre amigos, até mesmo dentro da Família de sangue. É um mundo imaterial que carregamos conosco e nos permite viver melhor em todos os outros ambientes que frequentamos. 

Este Blog mesmo é fruto deste desenvolvimento. Jamais imaginei escrever postagens e disponibilizar aquilo que penso sobre qualquer assunto. Foi graças ao incentivo de meu Si Fu para mim e para meus outros irmãos Kung Fu, que agora consigo dividir o que penso e expressar através de palavras aquilo que com ele aprendi. 

E tudo isso porque juntos vamos nos tornando, com a Vida Kung Fu, os frutos do trabalho do meu Si Fu.



Eu com meus irmãos Kung Fu, Thiago Pereira (ao centro) e Vladmir Anchieta (à direita) no almoço de Celebração dos 51 anos de nosso Si Fu.




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